O automobilismo é predominantemente masculino, no entanto, várias mulheres triunfaram nesta modalidade esportiva e abriram portas para que outras pudessem competir nos tempos de hoje. Por isso, trouxemos algumas histórias e suas protagonistas, para você conhecer um pouco mais sobre essas grandes potências — femininas — das pistas.
As primeiras pilotas
Era 11 de junho de 1987, na cidade de Paris, quando oito mulheres, em cima de seus triciclos motorizados, participaram do Campeonato de Cadeiras Motorizadas. Este evento foi considerado como o primeiro evento automobilístico feminino.
Léa Lemoine foi a vencedora desta primeira edição e das duas edições seguintes. De lá, ela e outras participantes despontaram em outros campeonatos europeus, incentivando outras mulheres a serem grandes pilotas.
24 Horas de Le Mans
Em 1930, outras pilotas francesas ganharam destaque no mundo competitivo do automobilismo ao participarem das 24 Horas de Le Mans — até hoje a corrida mais longa do planeta.
Odette Siko e Marguerite Mareuse, não foram históricas só por serem a primeira equipe feminina do torneio, mas sim, por terem conseguido o sétimo lugar geral já na primeira edição em que participaram.
Dois anos depois, Siko conseguiu um resultado extraordinário: 1.º lugar na categoria 2 litros e 4.º lugar geral. Depois delas, várias mulheres começaram a disputar as 24 Horas de Le Mans, até hoje foram 10 vitórias femininas.
Fórmula 1
Em 1958, a italiana Maria Teresa de Filippis entrou para a história do automobilismo ao ser a primeira mulher a entrar para o Grid da Fórmula 1 — somente 8 anos após a primeira temporada da F1. Filippis pilotava um Maserati, que naquele ano era a equipe com os carros mais lentos, mesmo assim, conseguiu se classificar para a 5.ª corrida da edição e chegou em 10.º lugar.
Se Filippis largou, Lella Lombardi pontuou. Lombardi, que também era italiana, disputou três edições da Fórmula 1 (1974,1975 e 1976), largou em 12 das 17 corridas em que se inscreveu, e conseguiu o feito de ser a primeira mulher a pontuar na história da F1, mas infelizmente foi a última também. Após ela, foram consideradas pilotas oficiais, mas não conseguiram classificação para as corridas, a britânica Divina Galica (1976), a sul-africana Desiré Wilson (1980) e a italiana Giovanna Amati (1992).
Nos EUA: Janet Guthrie e Danica Patrick
Em 1976, a americana Janet Guthrie revolucionou as 600 Milhas de Charlotte ao competir e chegar em 15.º nesta famosa prova da NASCAR, pois até então só homens disputavam neste circuito. Em 1977, foi a primeira mulher a se classificar para correr as 500 milhas de Indianápolis (a principal prova da Fórmula Indy). E em 1978 Janet brilhou chegando em 9.ª lugar na corrida, participando com o pulso fraturado.
Guthrie competiu em 11 corridas da Fórmula Indy, e o seu melhor resultado foi um 5.º lugar, na edição de 1979 da Bettenhausen 200, em Milwaukee. No entanto, a sua carreira foi ainda mais consistente na NASCAR: participou de 33 corridas e teve um histórico sexto lugar em Bristol, em 1977 — o primeiro e melhor resultado de uma mulher em uma corrida de alto nível da NASCAR até 2014, quando Danica Patrick atingiu a mesma colocação e empatou com Guthrie.
A Danica Patrick, certamente se motivou com todas as histórias anteriores quando começou a disputar e ganhar torneios de kart quando menina. Em 2005, já com 23 anos, estreou na Fórmula Indy, e no mesmo ano chegou em 4.º lugar nas 500 milhas de Indianápolis. Três anos depois, Patrick conquistou a primeira colocação no Bridgestone Indy Japan, tornando-se a primeira mulher a vencer um circuito fechado no automobilismo. Não contente, a americana ainda conquistou mais um feito em sua carreira na NASCAR: foi a primeira mulher a fazer a pole nas 500 Milhas de Daytona.
Brasileirinhas que podem ser o futuro da F1
Em 2020, a FIA em parceria com a Ferrari iniciou uma seletiva do programa Girl on Track, que começou com 70 candidatas do mundo todo e terminou com 20 meninas selecionadas, dentre elas duas brasileiras de 14 anos — Antonella Bassani e Júlia Ayoub. A ação tem como objetivo estimular, apoiar e revelar as jovens pilotas, sem contar que este ano essas meninas terão a oportunidade de disputar uma vaga na F1 — vamos torcer pelas nossas pequenas e grandes pilotas do Brasil!
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